As plantas medicinais, condimentares e
aromáticas são utilizadas mundialmente como fitoterápicos, na preparação
de chás e como aromatizantes e temperos na culinária. Produtos à base
de plantas medicinais, condimentares e aromáticas são comercializados no
Brasil em supermercados, farmácias e ervanarias. As preparações obtidas
a partir desses produtos são, geralmente, procedentes de plantas
coletadas, secas e embaladas sem os devidos cuidados de higiene ou
controle sanitário. Durante os processos normais de produção (secagem,
empacotamento e estocagem) e distribuição, esses produtos não são
rigorosamente submetidos a um adequado controle, visando a sua
qualidade. Neste contexto insere-se o controle microbiológico, cujo
objetivo é analisar a contaminação por micro-organismos, entre eles os
fungos filamentosos (3, 4, 8, 10).
Os fungos
filamentosos são organismos eucarióticos que revelam notável capacidade
de adaptação e crescimento sob condições de umidade e temperatura
extremamente variáveis. Como esses micro-organismos são pouco exigentes
em relação aos nutrientes existentes, podem ocorrer em praticamente
qualquer tipo de alimento (6, 7).
Os fungos são
amplamente utilizados em processos fermentativos, como fabricação de
cerveja e vinho, bem como produção de antibióticos e vitaminas.
Entretanto, algumas espécies podem causar transformações indesejáveis
nos alimentos, produzindo sabores e odores desagradáveis. Podem também
ocasionar manifestações clínicas no homem e nos animais como infecções
ou doenças decorrentes da invasão de tecidos, alergias ou reações de
hipersensibilidade, além de toxicoses, intoxicações resultantes da
ingestão de alimentos ou rações contendo micotoxinas (5). |
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